A liderança técnica no campo da engenharia tornou-se uma competência mais valorizada diante dos desafios enfrentados por organizações. Segundo Ricardo Chimirri Candia, engenheiros que ocupam posições estratégicas precisam ir além do domínio técnico, desenvolvendo também habilidades gerenciais que permitam liderar equipes, gerenciar projetos e tomar decisões com foco em resultados. Essa transformação exige uma combinação de conhecimento técnico-científico com competências interpessoais.
A formação tradicional dos engenheiros é centrada em cálculos, normas e soluções técnicas. No entanto, o exercício de funções de liderança demanda habilidades adicionais, como comunicação assertiva, visão sistêmica e capacidade de negociação. Leia mais:
Da técnica à gestão: um novo perfil de liderança técnica em engenharia
O engenheiro líder precisa aliar a precisão técnica à sensibilidade para lidar com pessoas e processos. Esse perfil híbrido é essencial em ambientes de alta complexidade, onde decisões precisam ser rápidas, embasadas e colaborativas. A gestão de equipes multidisciplinares, por exemplo, exige do engenheiro não apenas conhecimento técnico, mas também capacidade de motivar, orientar e coordenar esforços diversos em prol de um objetivo comum.
Além disso, é papel do líder técnico traduzir as necessidades estratégicas da organização em soluções viáveis e sustentáveis. Isso inclui a priorização de projetos, o controle de recursos, o alinhamento com metas institucionais e o diálogo com áreas como finanças, jurídico e RH. Conforme demonstra o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, esse novo perfil de liderança valoriza a adaptabilidade e a capacidade de gerar consenso, sem perder o rigor técnico que caracteriza a engenharia.
Habilidades gerenciais essenciais para engenheiros
Entre as competências mais relevantes para engenheiros em posição de liderança estão a gestão de pessoas, a resolução de conflitos, o planejamento estratégico e a comunicação eficaz. A liderança técnica não se limita à autoridade formal, mas exige legitimidade construída com base na competência, empatia e capacidade de inspirar confiança. Por isso, o desenvolvimento contínuo dessas habilidades é fundamental. Essas competências tornam o engenheiro apto a liderar com visão, adaptando-se a diferentes contextos organizacionais.
Outra competência crítica é a tomada de decisão sob incerteza. Projetos de engenharia frequentemente envolvem variáveis imprevisíveis, como clima, comportamento do solo, mudanças no orçamento ou pressões externas. O engenheiro-líder precisa avaliar riscos, considerar cenários e tomar decisões com base em dados e critérios objetivos. Como menciona Ricardo Chimirri Candia, esse tipo de postura fortalece a confiabilidade do líder e contribui para a sustentabilidade técnica e financeira dos projetos.
Formação contínua e aprendizado corporativo
O desenvolvimento de habilidades gerenciais deve ser contínuo e alinhado às exigências do mercado. Programas de capacitação específicos para engenheiros, como MBAs em Gestão de Projetos, Liderança ou Inovação Tecnológica, são alternativas eficazes para ampliar a visão sistêmica e estratégica desses profissionais. O ambiente corporativo também deve incentivar a aprendizagem organizacional por meio de mentorias, workshops e feedback estruturado.
Nesse sentido, além da formação formal, a vivência prática é um laboratório essencial para o aprimoramento das competências de liderança. Participar da coordenação de equipes, da gestão de contratos ou da elaboração de planos de ação permite ao engenheiro aplicar os conhecimentos teóricos e desenvolver sua maturidade gerencial. Como elucida Ricardo Chimirri Candia, as organizações que investem nesse tipo de formação interna constroem lideranças mais preparadas e comprometidas com os resultados.
Em resumo, a liderança técnica em engenharia exige um novo conjunto de competências que ultrapassa os limites do conhecimento puramente técnico. Desenvolver habilidades gerenciais é um passo essencial para que engenheiros se tornem líderes eficazes, capazes de conduzir projetos. Para Ricardo Chimirri Candia, o futuro da engenharia passa por uma liderança cada vez mais humanizada, analítica e orientada à inovação. Investir nessa formação é garantir eficiência e sustentabilidade nos ambientes técnico-profissionais.
Autor: Lia Xan
